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Projeto ‘Povo da Casa’ expõe resultados de oficina em Monchique

O projeto “Povo da Casa”, concebido pela nova Associação Cultural Meio do Mato, de Monchique, apresentou na tarde da última quinta-feira (31/10) os resultados de sua primeira oficina com alunos do concelho.

A apresentação, gratuita e aberta à comunidade, aconteceu na Biblioteca Municipal de Monchique. Para a estudante Lia Marques, que integrou a oficina, o projeto foi “divertido”.

“A parte mais engraçada foi fazer colagens em grupo”, conta. “E a parte mais divertida foi estarmos todos juntos e ter bons momentos em turma. Se calhar, nunca antes tinha acontecido.”

A estudante, que descreve como “complexo” o fato de terem recebido vendas nos olhos para fazer colagens, crê que a exposição na biblioteca “devia durar para sempre” e nutre o desejo de repetir a experiência.

Já a facilitadora da primeira oficina, Beatriz Coelho, também se mostra muito satisfeita com os resultados iniciais. “Foi incrível fazer esta oficina de uma semana, em que estive com eles [os alunos] todas as tardes”, relata.

Ela afirma que se sentiu “muito acolhida” pela turma. “Eles eram super empenhados, aderiram muito bem a todos os exercícios que eu lhes propus e contribuíram também com ideias criativas. As obras todas são criadas por eles. Foi uma experiência muito enriquecedora.”

A orientadora convida todos os monchiquenses para visitar a exposição, que ficará patente na biblioteca por um mês.

Nova oficina

Alice Duarte, codiretora artística e de programação da Meio do Mato, traçou um panorama sobre o início do projeto e aguarda a nova oficina, que acontecerá de 25 a 29 de novembro, também com apresentação posterior à comunidade.

“É um ciclo de oficinas que vai acontecer ao longo do ano letivo e vai trazer artistas de diferentes áreas às escolas e a várias faixas etárias”, explica, salientando que uma apresentação final à comunidade local é sempre requerida. “É esse o objetivo: não só fomentar a arte na escola, mas cruzar ideias e pensamentos entre aquilo que acontece na escola e o ‘lá fora’, as pessoas, o público.”

Também fundador da associação, Alexandre Moniz acrescenta que esse ciclo de programação tem o nome de “partida”. “Portanto, o que vier do futuro serão outros tipos de projetos, mas queremos pensar como é que continuamos este ‘Povo da Casa’, deixando a ‘partida’ e indo para uma ‘largada’”, questiona. “Ou seja, esse ciclo de programação é apenas o início.”

Segundo a codiretora, o “Povo da Casa” “é uma provocação que brinca com a ideia de que a Casa do Povo não está ativa”. Um dos objetivos do projeto, para ela, é levar não só o público mais novo como o público em geral, “a comunidade”, a pensar na importância de um espaço cultural em Monchique. “Porque agora não existe”, afirma.

Foto: Biblioteca Municipal de Monchique/Facebook

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