Governo propõe criação de taxas turísticas no Algarve para combater seca

O Governo apelou, na sexta-feira, aos municípios com menos água, sobretudo do Algarve, para criarem taxas turísticas e aplicarem os seus lucros na sustentabilidade ambiental.

“Recomendamos para os territórios com mais pressão, nomeadamente o Algarve, que os municípios desenvolvam taxas que possam reverter para a sustentabilidade ambiental dos territórios, como investimento em água, conservação da natureza ou gestão de resíduos”, disse o ministro do Ambiente e Ação Climática Duarte Cordeiro, numa conferência de imprensa com a ministra da Agricultura Maria do Céu Antunes.

Segundo a Lusa, Duarte Cordeiro recomendou ainda que os municípios “desenhem tarifários inteligentes” para que quem consuma mais água — quem precisa de encher piscinas, exemplificou o ministro — pague mais. Isto seria importante sobretudo para o Algarve, explicou, por ter havido um aumento de consumo de água de 3%.

Também foram adotadas medidas como a imposição de um limite para a captação de água para a agricultura no Algarve, assim como no Alentejo, que já estão a sofrer de seca severa e seca extrema. As barragens visadas são a de Santa Clara, no rio Mira, e a de Odelouca.

“A perspetiva é a de recuperar a quota tradicional, se não for assim as medidas terão de ser mais restritivas”, avisou o ministro. 

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