CREPC Algarve emite comunicado sobre atuação durante o ‘apagão’
Em relação ao “apagão” ocorrido no passado dia 28 de abril, o CREPC Algarve (Comando Regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve) emitiu um comunicado a discorrer sobre a mobilização dos agentes públicos de segurança na região durante a crise energética.
Na altura, foi emitido um Estado de Alerta Especial (EAE), do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (Siops), para o Dispositivo Integrado de Operações de Proteção e Socorro (Diops), no nível laranja, que vigorou entre as 20h do dia 28 e as 20h do dia 29 de abril.
Em sua síntese operacional, o CREPC Algarve relembrou que a falha de fornecimento de energia elétrica em todo o território de Portugal continental afetou os diversos setores estratégicos como a saúde, os transportes e a distribuição de bens essenciais.
“A imprevisibilidade da situação obrigou à adoção de medidas extraordinárias, com a mobilização dos Agentes de Proteção Civil e Entidades com dever de cooperação, em particular os Serviços Municipais de Proteção Civil (SMPC) da Região”, divulgou o órgão. Além disso, o CREPC Algarve prestou as seguintes informações:
“No dia 28 de abril, cerca das 11:30 horas, registou-se a falha do fornecimento da corrente elétrica generalizada, tendo sido, de imediato, estabelecidas prioridades e adotadas medidas, com vista a assegurar o funcionamento dos serviços essenciais, com especial enfoque na continuidade dos serviços hospitalares, fornecimento de água e saneamento, forças e serviços de segurança, emergência médica, proteção e socorro e apoio a doentes domiciliários, dependentes de equipamentos elétricos.
As principais medidas implementadas foram:
• Ativação do Centro de Coordenação Operacional Regional (CCOR) às 12:00 horas, por forma a garantir a coordenação institucional e operacional na Região, com a presença do Presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil, tendo sido realizada uma Conferência de Imprensa às 16:30, para esclarecimentos sobre a situação e as medidas em curso na Região, bem como as recomendações a transmitir à população;
• Ativação, através dos respetivos Serviços Municipais de Proteção Civil, de 16 (dezasseis) Postos de Comando Municipal, um em cada concelho, garantido a recolha e processamento de informação, em tempo, para apoio aos respetivos Centros de Coordenação Operacional Municipal (CCOM) e à Autoridade Municipal de Proteção Civil.
De enaltecer o trabalho desenvolvido pelo patamar municipal que, na Região, conseguiu satisfazer todas as necessidades e pedidos que lhes foram colocados, bem como às ocorrências com que se deparam, à exceção AUTORIDADE NACIONAL DE EMERGÊNCIA E PROTEÇÃO CIVIL COMANDO REGIONAL DE EMERGÊNCIA E PROTEÇÃO CIVIL DO ALGARVE Rua Dr. Koumba Yalá, n.º 39 | 8100-735 Loulé | Portugal Tel.: +351 289 247 040 | www.prociv.gov.pt de quatro situações que passaram para resolução do patamar regional, observando assim o princípio da subsidiariedade, estabelecido na Lei de Bases da Proteção Civil, nomeadamente:
1. Por solicitação do Município de Vila do Bispo, transporte e instalação de dois geradores (80 Kva e 250 Kva) para as Estações Elevatórias de Cerro Monte e Almádena, em Vila do Bispo;
2. Por solicitação da Empresa Águas do Algarve, instalação de uma central móvel de 1250 Kva na Estação de Tratamento de Água (ETA) de Alcantarilha;
3. Disponibilização de um gerador 250 Kva para a Unidade de Ressonância Magnética de Loulé;
4. Reabastecimento de combustível a geradores de Unidades Hospitalares da Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve.
A reposição progressiva da energia elétrica na Região iniciou-se cerca das 21:00 horas, do dia 28 de abril, e prolongou-se até cerca das 02:00 horas, do dia 29 de abril. Deste episódio resultaram cerca de 29 subestações e 435.000 clientes afetados na Região, cuja situação já se encontra regularizada.
Adicionalmente, informa-se que:
• O abastecimento de combustível para os equipamentos e veículos dos Serviços de Emergência, Proteção Civil e Socorro, Forças e Serviços de Segurança, esteve sempre garantido, com a ativação da Rede Estratégica de Postos de Abastecimento (REPA);
• As comunicações estiveram sempre garantidas, entre o Comando Regional de Emergência e Proteção Civil (CREPC), as Forças e Serviços de Segurança, Corpos de Bombeiros, Serviços Municipais de Proteção Civil e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), com recurso à utilização de redes de comunicação redundantes, incluindo via satélite;
• Na generalidade, as escolas da Região mantiveram o seu funcionamento com normalidade.”