Promontório de Sagres integra lista para a Marca do Património Europeu

O Promontório de Sagres integra a lista dos nove sítios propostos para receber a Marca do Património Europeu, anunciada no passado dia 2 de dezembro, pela Comissão Europeia.

A Marca do Património Europeu (MPE) é uma iniciativa intergovernamental estabelecida em 2006 pelo Parlamento e Conselho da União Europeia, que tem como objetivos, segundo a Direção Regional de Cultura (DRCAlg), «reforçar o sentimento de pertença àquela comunidade por parte dos cidadãos europeus, em especial dos jovens, com base nos valores e elementos comuns da história e do património cultural europeus, valorizar a diversidade nacional e regional e incrementar o diálogo intercultural».

Para além do Promontório de Sagres, foram também incluídos nessa lista outros oito sítios históricos, como o lugar pré-histórico Neanderthal e o Museu Krapina, na Croácia, o Castelo Premyslid e o Museu Arquidiocesano de Olomouc, na República Checa, o Palácio Imperial, na Austria, o Conjunto Histórico da Universidade de Tartu, na Estónia, a Academia de Música Franz Liszt, na Hungria, o Mundaneum, na Bélgica, o Cemitério n.º 123 da Frente Oriental da II Guerra Mundial, na Polónia, e o Bairro Europeu de Estrasburgo, em França.

Este ano, foram pré-selecionadas dezoito candidaturas pelos Estados-Membros participantes, tendo um painel independente criado pela Comissão Europeia selecionado os nove sítios que foram esta semana propostos. A Comissão designará formalmente os sítios em fevereiro de 2016 e a cerimónia de entrega dos prémios realizar-se-á em Bruxelas, em abril do próximo ano.

O reconhecimento do Promontório de Sagres aparece reforçado no excerto apresentado pela União Europeia, segundo o qual se pode ler que «o local apresenta uma paisagem rica do ponto de vista histórico e cultural, situado no canto sudoeste da Península Ibérica e concentra vestígios arqueológicos significativos, estruturas urbanas e monumentos que atestam a sua localização estratégica e a sua importância ao longo dos séculos». Acrescenta-se ainda o facto de «a Ponta de Sagres ter sido o quartel-general do Infante Dom Henrique para o seu projeto de expansão marítima durante o séc. XV, um local da maior importância para o Período das Descobertas, período que marcou a expansão da cultura, das ciências, da exploração e do comércio europeus tanto para o Atlântico como para o Mediterrâneo, abrindo o caminho para a afirmação e projeção da civilização europeia, que veio a modular o mundo moderno».

A DRCAlg, que apresentou a candidatura de Sagres na União Europeia no início deste ano, considera que «este reconhecimento europeu é um passo importante para o processo de candidatura em curso a Património da Humanidade junto da UNESCO em desenvolvimento pelo Algarve, sob a designação de Lugares da Primeira Globalização, que também inclui Sagres».

No sítio da Europa Criativa poderá ter acesso a esta informação e ao texto da decisão:http://ec.europa.eu/programmes/creative-europe/index_en.htm

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