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Governo restringe consumo de água no sotavento algarvio

O Governo tomou medidas restritivas ao consumo de água no sotavento algarvio com o objetivo de reduzir em 15% o consumo da água das massas subterrâneas no Algarve, avançou a Agência Lusa.

Ficou decidido reduzir em 20% a quota de água para a agricultura nas barragens de Odeleite e Beliche, bem como em 20% a água utilizada nos campos de golfe. Neste último caso, o corte será de 50% caso haja alternativas viáveis, anunciou na quinta-feira o ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro.

O Governo optou por constituir de imediato uma “task force” dedicada ao Algarve, acrescentou o ministro, com elementos da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e da Direção-Geral da Agricultura, entre outros, para rever os títulos de utilização dos recursos hídricos que foram atribuídos. Esta medida servirá “para condicionar os mesmos títulos à instalação de equipamentos de monitorização do consumo de águas subterrâneas”.

O ministro do Ambiente afirmou ainda que está em fase de conclusão uma proposta para alterar a Lei da Água, visando reforçar o enquadramento legal associado às medidas de limitação do uso da água. Além disso, irá começar no Algarve uma campanha de moderação de consumo de água, que se poderá alargar ao resto do país.

Em conferência de imprensa conjunta, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, disse também que a barragem de Alqueva está com uma capacidade média de 80% e adiantou que serão recuperados furos de água na zona do sotavento.

Os dois ministros admitiram uma preocupação elevada com a situação de seca no sul do país, cujo impacto está a ser sentido, por exemplo, na falta de água no solo e nas albufeiras do Alentejo e Algarve.

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