Diário da Agricultura e Pescas – 1 de novembro de 2019
A CAP, a CONFAGRI, a Casa do Azeite e a Associação de Olivicultores do Sul celebraram um acordo relativo à colheita noturna no olival
Na sequência da notícia de ontem sobre uma proposta do PAN para que seja suspensa a colheita noturna a azeitona no Alentejo, a CAP-Confederação dos Agricultores de Portugal, a CONFAGRI-Confederação das Cooperativas Agrícolas, a Associação do Azeite de Portugal e Associação dos Olicultores do Sul assinaram no dia 17 de Outubro, um acordo em que reconhecem a necessidade de elaborar estudos científicos que permitam conhecer, com rigor, em que condições é que a colheita noturna mecanizada pode ter um impacto sobre a avifauna dos olivais.
As Associações reconhecem a necessidade de recomendar sempre que surja risco de impacto negativo na avifauna, a suspensão temporária e de forma preventiva a colheita noturna mecanizada, enquanto os estudos científicos não estiverem concluídos e não houver um conhecimento seguro e fundamentado acerca dos impactos e das eventuais medidas de salvaguarda da avifauna.
As associações acordam, assim, na recomendação da suspensão voluntária e temporária da colheita noturna mecanizada na presente campanha, sempre que surja risco de impacto negativo na avifauna, isto é para as aves.
Vacas para produção de carne produzem menos metano do que os sectores dos transportes e da eletricidade
Fonte: TSF
De acordo com a associação ambientalista Zero, o metano proveniente da pecuária origina 5,2% das emissões de gases de efeito de estufa, segundo dados de 2017. Desses, 3,2% é produzido pelas vacas para consumo de carne. É muito menos do que os sectores dos transportes e eletricidade, mas são números “significativos”, diz aquela associação.
Quanto aos resíduos de lixeiras e aterros, entre 2015 e 2017, deixaram de ser a maior fonte de metano: a agricultura (onde se insere a pecuária) ultrapassou-os e de acordo com um estudo da AGP, publicado em Maio de 2019, o Alentejo é a região de Portugal que mais emite metano, muito devido ao peso do sector da pecuária, seguido do Norte, Centro e Açores. Refira-se que o consumo da carne de vaca passou a estar em debate, depois de o reitor da Universidade de Coimbra ter anunciado que iria eliminar o consumo de carne de vaca nas cantinas universitárias a partir de 2020 por razões ambientais. Na sequência dessa notícia, várias associações se insurgiram contra a decisão: a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) disse que a decisão era “infundada”; já a Associação dos Produtores de Leite de Portugal (APROLEP) afirmou ser “incompreensível”.
Formação profissional nas pescas é uma aposta nos Açores para a dignificação da profissão de pescador e qualificação das comunidades piscatórias.
Fonte: Agricultura e Mar Atual
O secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou que a formação profissional tem sido uma aposta do Governo dos Açores como ferramenta para a “dignificação da profissão de pescador e para a qualificação das comunidades piscatórias”.
São apontados como exemplo, os cursos de escolarização (4.º, 6.º e 9.º ano) dos ativos da pesca, no âmbito da Rede Valorizar, que resultam de uma parceria entre as Direções Regionais das Pescas e do Emprego e Qualificação Profissional, os cursos de pescador, de arrais de pesca e de arrais de pesca local, de condução de motores, bem como as formações ligadas à segurança a bordo.
“Os cursos de escolarização certificaram uma centena e meia de pescadores nas ilhas Terceira e São Miguel, sendo que os cursos de pescador, arrais de pesca e arrais de pesca local abrangeram 545 formandos e permitiram certificar este ano 518 novos profissionais nas nossas ilhas”, frisou o secretário Regional das Pescas dos Açores.
No caso da segurança a bordo, o secretário Regional das Pescas os cursos de primeiros socorros e de combate a incêndios que se realizaram este ano em cinco ilhas e abrangeram cerca de 190 pescadores, bem como a campanha ‘Pesca Segura’, no âmbito da qual foram publicados manuais de primeiros socorros e de combate a incêndios.
*Artigo publicado em parceria com a Rádio Foia. O programa «Diário da Agricultura e Pescas» está no ar de segunda a sexta-feira às 7h00 e às 21h00