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Oficinas da Pré-História celebram o património nos monumentos megalíticos de Alcalar

Os monumentos megalíticos de Alcalar vão receber, no próximo dia 26 de setembro, as Oficinas da Pré-História, com o objetivo de dar a conhecer a forma como se moldava  o barro, talhava, gravava e pintava há milhares de anos.

A ação, que está integrada nas Jornadas Europeias do Património, constitui uma alternativa à já habitual atividade «Um dia na Pré-História”, realizada no âmbito do Programa DiVaM (Dinamização e Valorização dos Monumentos) e que este ano foi suspensa devido à atual situação pandémica, prevendo-se que seja retomada em 2021.

Estão previstas quatro oficinas, sendo elas de talhe, placas de xisto, barro e pintura rupestre, as quais, de acordo com a Câmara Municipal de Portimão (CMP) «abordarão os domínios da arqueologia experimental, da arte e da animação pedagógica». Cada uma tem a duração máxima de duas horas e irão decorrer das 10h00 às 18h00.

«Dados os vigentes condicionalismos de espaço, distanciamento social, o uso individual de máscara e o rigor sanitário, vai ser adotado um modelo mais reduzido e controlado de intervenientes, com o limite máximo previsto, sujeito a inscrição prévia e obrigatória, de dez pessoas por cada uma das oficinas, que decorrerão no período da manhã, com início às 10h00, e de tarde, pelas 15h00, num total não superior a 40 participantes em cada sessão», acrescenta a autarquia.

A CMP explica ainda que «além do distanciamento entre os participantes nas oficinas, cada uma estará distribuída com considerável afastamento no espaço exterior dos monumentos de Alcalar e, tendo em conta as normas de segurança em vigor, a visita pública e generalizada estará nesse dia limitada apenas aos inscritos nesta atividade das Oficinas da Pré-História».

As Oficinas da Pré-História são promovidas pelo Grupo de Amigos do Museu de Portimão (GAMP) com a colaboração da Direção Regional de Cultural do Algarve.

COMO FUNCIONAM AS OFICINAS

A atividade de talhe consiste na reprodução de utensílios líticos, partindo dos princípios básicos do talhe da pedra e utilizando as mesmas matérias-primas que eram usadas durante a pré-história. Os participantes serão desafiados a fabricar uma ponta de seta ou uma faca, partindo de uma lasca em sílex e utilizando percutores em haste de veado. Em seguida, vai ser utilizada uma das técnicas de reprodução de colas, para que cada participante encabe o seu objeto.

Outra oficina consiste em gravar uma placa de xisto recorrendo aos mesmos materiais que seriam utilizados durante a pré-história. Através de um pequeno bloco em xisto, os participantes terão de começar por polir a placa, fazendo de seguida um pequeno orifício numa das extremidades com recurso a um furador de pedra. Por fim, terão de gravar a placa de xisto utilizando utensílios em pedra ou em osso. As decorações serão inspiradas nas placas originas encontradas em Alcalar.

Demonstrar como se produzia o barro a partir da argila e, posteriormente, exemplificar diferentes técnicas de moldar, com o objetivo de obter diversas tipologias de vasos cerâmicos ou replicar pequenas estatuetas em barro, é outro dos convites feitos aos participantes.

Haverá igualmente uma oficina de pintura rupestre, que visa a reprodução de técnicas pré-históricas. Mediante um exemplo de como poderiam ser produzidas as tintas a partir de vários pigmentos naturais e explicadas as diversas técnicas de pintura, utilizando esses mesmos pigmentos, cada participante deverá produzir a sua própria pintura a partir das técnicas exemplificadas, utilizando os pigmentos naturais preparados.

Todos os participantes receberão um ‘kit’ de trabalho para executar as tarefas propostas em cada ateliê, de forma a evitar a troca de materiais entre os intervenientes nesta iniciativa e respetivos coordenadores. Os interessados devem inscrever-se até ao dia 24 de setembro, através do número de telefone 282 405 230, ou na receção do Museu de Portimão.

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