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Esta carta é um pedido de uma avó ao Vladimir Putin

Caro amigo, deves estar a tomar café – de saco – para manter a cabeça fria e pensar no que vais fazer para ajudar os teus amigos.  Eu faria o mesmo. Olharia o horizonte, com uma chávena bem quente entre as mãos e um charro para clarificar ainda mais a mente.

Aproveito o momento e escrevo-te porque perante o cenário de guerra que tenho em frente, não tenho mais nada para fazer.

O Boris aqui no Reino Unido informa os britons que esperem por parte dos russos um ataque de retaliação. Impor medo não dá saúde – nem aos britons nem a ninguém – mas resulta sempre.

Uma sondagem feita ontem, informa que apenas um quarto dos britons apoia a ideia de jerico da May em beijar o cu ao cabeça de esquilo albino e segui-lo no bombardeamento à Síria.

Eles mentem muito. Mentem desde o ataque ao Vietnam com napalm, a Pearl Harbour, às bombas de Hiroshima e Nagasaki, ao Afeganistão e ao Iraque. Eles mentiram na Líbia, no Kuweit, no Irão e no Iémen. Naturalmente a mentira tornou-se a única verdade que conhecem. E ninguém faz favores a ninguém. Os interesses são a moeda de troca. Sabes ao que me refiro, porque isso é… política geo-estratégica e estás habituado a lidar com os cenários.

Peço-te encarecidamente que leves em conta a sondagem e apenas faças um ataque militar e cirúrgico aos lugares frequentados pelos que ordenaram o ataque.

Os restantes nada têm a ver com isso, nem sequer querem guerras. Aliás por aqui acredita-se seriamente que a humanidade está entregue a uns loucos que não a representam. Deve haver muita coca a circular no meio onde eles andam. Sei lá, digo eu…

Lembra-te, Putin, que vocês não foram atacados. A coisa foi mesmo cirúrgica e não atingiu nem um militar vosso. O que me faz admirar a tecnologia ainda mais e pensar que com esse dinheiro gasto estupidamente a desfazer coisas e pessoas, quantas escolas e serviços nacionais de saúde podiam ser melhorados nos nossos países. Bem, isso é conversa para quando houver paz. Lá para as calendas gregas.

Nesse dia tomamos juntos um café.

Para além do mais, vocês russos sabem que ajudaram a eleger a maior trampa de que a História tem memória. Eu sei que é para vos ajudar a correr com o capitalismo (a rir muito)  mas assim não há condições. O homem já foi comprado. E defenderá sempre os interesses de Israel e dos Saudis (parece antagónico mas não é). You know…

Nós não merecemos. Estamos até com vergonha alheia, escondidos nas matas do David Attenborough.

Já disse também ao governo do meu país que não me representa ao apoiar cheio de compreensão estes cromos dos franceses e dos ingleses. Se os meus compatriotas gostam de beijar nádegas, eu prefiro dar-lhes umas cintadas.

É assim que a Europa está. Mais desunida que nunca. O que era de esperar, com a quantidade de coca que circula naquelas casas-de-banho.

P.S.- queridos russos, aqui entre nós que ninguém nos ouve, se havia armas químicas lá naquelas fábricas atacadas pelos mísseis, os químicos explodiram e mataram uma porrada de gente, não foi assim?

Seria o fim da macacada lá para os lados da Síria. Ou não?

Ou como diria a minha avó seria pior a emenda que o soneto.

Ou então foi mais uma treta. Lançaram umas bombinhas de Carnaval inócuas… ou então estão todos a mentir, ou feitos uns com os outros…just sayin…

Desconfio é que já só mesmo um quarto da Humanidade dá crédito às tretas.

Se eu morrer com um ataque de pânico porque a May ou o cabelo de esquilo albino voltam a ganhar eleições, fiquem sabendo que não era esta a guerra que eu queria.

Acho o amor bem mais bonito.

De uma matrioska, que gostava muito de rever o filho e a neta até morrer de causas naturais como o caquetismo.
Spásiba, thank you very nice, muito obrigadinho.

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