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Controlo dos javalis está a ser objeto de um Plano Estratégico e de Ação

Notícia publicada na edição 475, de 30 de junho de 2023

De acordo com o Plano Estratégico e de Ação do Javali, recentemente apresentado, calcula-se existirem entre 300 e 400 mil exemplares em todo o país, os quais, nos últimos anos, vêm causando prejuízos avultados na agricultura e na ocorrência de acidentes rodoviários. Este plano, promovido pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), foi elaborado por especialistas da Universidade de Aveiro e tem como objetivos conhecer o tamanho e a estrutura populacional destes animais, a descrição e acompanhamento dos principais parâmetros fisiológicos, sanitários e indicadores de condição física dos mesmos e avaliar o habitat e os fatores que possam aumentar ou diminuir o impacto e dimensão dos prejuízos.

De acordo com o presidente do ICNF, “precisamos de reduzir esta população entre 10% a 20% nos próximos cinco a dez anos”, alargando os períodos de caça e as zonas, referindo-se à publicação de um Edital que “permite correções extraordinárias dos javalis, ainda que não estejamos em período de caça”. Deixarão assim, segundo este responsável, de ser permitidas as esperas ao javali apenas no período de Lua Cheia e passará a ser possível a caça ao javali em qualquer altura do mês ou do ano.

No concelho e serra de Monchique, os prejuízos causados pelos javalis têm sido objeto de inúmeras queixas dos agricultores afetados junto do ICNF e entidades locais, esclarecendo-se que o controlo destes animais e as autorizações para caça realizadas por particulares, devidamente licenciados em uso e porte de arma e de caçador, compete localmente às associações de caçadores existentes, gestoras das zonas de caça associativas e das municipais, as quais não só realizam regularmente montarias como são as entidades credenciadas para a emissão dessas mesmas autorizações aos caçadores particulares.

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