Diário da Agricultura e Pescas – 12 de novembro de 2019
Bruxelas propõe corte de 50% na pesca de carapau nas águas continentais para 2020
Fonte: ECO
A pesca do carapau em águas continentais portuguesas deve ser reduzida para metade, segundo a proposta que foi apresentada pela Comissão Europeia sobre os limites de capturas para 2020, que inclui também cortes na pescada e no linguado.
Seguindo a recomendação dos peritos em espécies que vivem em cardumes e em relação ao carapau, Bruxelas propõe um corte de 50% nos totais admissíveis de capturas nas águas continentais portuguesas, uma redução que permitirá pescar apenas 46 e seis mil e seiscentas toneladas.
Também as capturas de pescada deverão sofrer um corte geral de 20% no próximo ano, de modo a manter as unidades populacionais (‘stocks’) em boa forma. Para o linguado, a Comissão Europeia propõe uma redução de 40%, incluindo em águas nacionais, para a lagosta uma redução de 23% e de 20% para os TAC de solha.
A juliana (-10%) e o tamboril (-3%) são as espécies para as quais é recomendada uma redução mais ligeira nas capturas.
Por outro lado, tendo em conta a avaliação positiva dos ‘stocks’, Bruxelas aponta para um aumento de 30% nas capturas de arinca e de 12% nas de areeiro.
As propostas de Bruxelas serão debatidas, alteradas e adotadas em dezembro pelos ministros da Pesca da União Europeia.
Investigadores da Universidade de Trás-os-Montes defendem que há muita desinformação sobre os impactos ambientais gerados pela produção animal
Um grupo de investigadores da Universidade de Trás-os-Montes (UTAD) ligados ao Departamento de Zootecnia, defende que ocorre muita desinformação no que respeita aos impactos ambientais gerados pela produção animal, considerando-se que o setor pecuário é alvo de uma responsabilização sobre o impacto no ambiente que não condiz com a realidade.
Os investigadores da Universidade de Trás-os-Montes referem que o setor pecuário tem, nos últimos 50 anos, melhorado a sua eficiência e diminuído o seu impacto por unidade de alimento produzido, seja carne, leite ou ovos e, sendo o setor que neste período e atualmente mais aplica os princípios da reutilização e da economia circular. E dão como exemplo, que grande parte dos coprodutos resultantes das indústrias agroalimentares é utilizada pelos animais, a saber: sêmeas de cereais (vulgo farelo), bagaços de oleaginosas, polpas de beterraba e de citrinos, destilados da indústria produtora de biocombustíveis, entre outros.
Governo quer controlar as espécies exóticas invasoras
O programa do governo pretende reforçar a prevenção e controlo de espécies exóticas invasoras e de doenças e pragas agrícolas e florestais, em particular nas áreas protegidas.
O Governo propõe-se ainda promover a co-gestão das áreas protegidas, envolvendo e valorizando as autarquias, as instituições de ensino superior e outras entidades locais empenhadas na conservação dos valores naturais e a instituir dinâmicas de participação na vida das áreas protegidas, facilitando a sua visita pelos cidadãos,
Outra das medidas a que o governo se propõe é a de promover a fixação das populações residentes em áreas protegidas, estimulando práticas de desenvolvimento sustentável, designadamente no sector agrícola e pecuário, e reabilitando o edificado de acordo com a sua traça original, mas com maior comodidade e eficiência energética.
*Artigo publicado em parceria com a Rádio Foia. O programa «Diário da Agricultura e Pescas» está no ar de segunda a sexta-feira às 7h00 e às 21h00