Diário da Agricultura e Pescas – 8 de novembro de 2019
UE proíbe inseticida da Bayer com efeitos nefastos sobre abelhas
Fonte: jornal Público
Um inseticida da Bayer com a substância cativa tiaclopride está proibido em França desde 2018. Para além de estar ligada ao desaparecimento de abelhas e outros insetos polinizadores, pode ter efeitos nefastos sobre a saúde humana com aparecimento de cancro e problemas reprodutivos nos agricultores que trabalham com esta substância.
A Comissão Europeia baseou a sua decisão no relatório da Agência de Segurança Alimentar da União Europeia que alertava para as suas preocupações com a substância ativa tiaclopride, que se pensa que poderá ser tóxica para humanos e que apresentava uma concentração muito alta nas águas subterrâneas
A autorização de venda da multinacional alemã termina em abril de 2020 e o plano é que, a partir dessa altura, a substância não seja usada na União Europeia. A Comissão diz que a proibição deverá vigorar a partir do final do ano.
Da parte da Bayer esta disse respeitar a decisão da União Europeia no que respeita à não renovação da licença, mas reforça que o produto é seguro quando usado de acordo com as medidas de segurança aconselhadas. A empresa acrescenta ainda que os produtos à base de tiaclopride são importantes para os agricultores de toda a União, especialmente aqueles que têm plantações mais pequenas.
Fundo privado de investimentos quer investir 100 milhões na floresta portuguesa
Fonte: jornaleconomico.sapo.pt
As entidades promotoras do Portuguese Forest Fund – Fundo Florestal Português já têm luz verde da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários para investirem 100 milhões de euros na floresta portuguesa. Este fundo de investimento é constituído por uma sociedade gestora de fundos de investimento, por uma empresa promotora vocacionada para a gestão florestal e por uma empresa especialista na área da consultoria financeira.
Os responsáveis pelo novo fundo de investimento florestal explicam que o objetivo é atingir 100 milhões de euros de investimento a longo prazo, na sua maioria orientado para a instalação e gestão de 50 mil hectares de povoamentos de espécies de crescimento lento e autóctones com um prazo de duração de 20 anos podendo ser prolongado até aos 40 anos, uma vez que o nosso país possui grande potencial para a valorização da floresta como resposta às alterações climáticas, ao de reordenamento e valorização do património florestal nacional e redução do risco de incêndio, entre outros fatores.
Comissão Europeia aprovou medidas de emergência para proteger o bacalhau do Báltico oriental
A Comissão anunciou medidas de emergência para salvar a unidade populacional de bacalhau do mar Báltico oriental, em dificuldade, de um esgotamento iminente. As medidas de emergência têm vindo a proibir a pesca comercial do bacalhau na maior parte do mar Báltico até 31 de dezembro de 2019. Foi tido em conta que esgotamento do bacalhau teria consequências catastróficas para a subsistência de muitos pescadores e comunidades costeiras do mar Báltico “, segundo o comissário responsável pelo Ambiente, Assuntos Marítimos e Pescas da União Europeia.
Embora esta proibição de pesca seja uma medida imediata crucial para ajudar a proteger esta unidade populacional vulnerável, antes do final do ano a Comissão e os Estados-Membros irão reexaminar a necessidade de uma ação a mais longo prazo. Os cientistas alertaram para diversos fatores na redução dos stocks de bacalhau no Mar Báltico para além da pesca, nomeadamente a falta de salinidade, temperaturas da água demasiado elevadas, um teor de oxigénio demasiado baixo e uma infestação parasitária.
*Artigo publicado em parceria com a Rádio Foia. O programa «Diário da Agricultura e Pescas» está no ar de segunda a sexta-feira às 7h00 e às 21h00