RTA lidera candidatura à lista de «Lugares da Primeira Globalização» da UNESCO

A Região de Turismo do Algarve (RTA), a Direção Regional de Cultura do Algarve (DRCAlg), a Universidade do Algarve (UAlg) e oito municípios algarvios subscreveram, no âmbito das Jornadas Europeias do Património e do Dia Mundial do Turismo, celebrados no fim de semana passado, a pré-candidatura conjunta à integração na lista indicativa da UNESCO, com a designação «Lugares da primeira globalização».

Esta candidatura enquadra-se no critério de «Paisagem Cultural», que integra não só os elementos patrimoniais, como também a história associada aos diferentes lugares e é liderada pela RTA, que considera «fundamental o papel do turismo na preservação do património cultural, natural, material e imaterial».

O Algarve acolhe vários locais, símbolos, mitos e personagens de elevada importância histórica, pelo que estes «Lugares da Primeira Globalização», surgem relacionados com o período de abertura da expansão marítima às rotas comerciais, as quais «estão na génese de um novo modo de conceção do mundo e de relações entre os povos», pelo que «detêm um valor universal a preservar», explica a RTA.

Sendo o seu objetivo a valorização turística da região, a RTA julga que esta candidatura irá «promover valores de tolerância, aumentar o conhecimento sobre o património e a diversidade cultural, promover a preservação do património histórico, assim como fomentar melhores relações entre os povos».

Vila do Bispo, Lagos, Aljezur, Monchique, Silves, Tavira e Castro Marim são os concelhos algarvios que englobam a candidatura, da qual também faz parte a Cidade Velha de Cabo Verde (Património Mundial), mas ainda são esperadas as inclusões de Ceuta e Alcácer Ceguer, em Marrocos, Arguim, na Mauritânia e dos arquipélagos atlânticos.

A decisão final apenas será conhecida no final do próximo ano, mas até ao fim de 2015 todas as entidades promotoras irão proceder a uma apresentação oral de defesa da candidatura junto da Comissão Nacional da UNESCO.

A candidatura a «Lugares de Primeira Globalização» é o resultado de um processo iniciado em 2002, quando o Turismo do Algarve entregou na mesma Comissão um pedido de inscrição de Sagres na Lista Indicativa do Património Mundial, a qual foi inviabilizada. Sagres passou a integrar a candidatura da «Costa Sudoeste», colocada na indicativa de Bens Portugueses a Património Mundial da UNESCO. Todavia, a RTA e a DRCAlg mantiveram o interesse na elevação de Sagres e dos lugares associados aos Descobrimentos a Património Mundial, assumindo desta vez um carácter transnacional, mas só em Junho de 2014 é que foi reiniciado pelo Comité Nacional da UNESCO uma atualização das candidaturas, tendo sido retomado este processo, assim como o relativo «À Costa Sudoeste» pelas entidades regionais da cultura e do turismo.

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