Que memórias tem guardadas do ano de 1985? – LÍDERES
Chegámos ao 30.º aniversário do “nosso” Jornal de Monchique. São 30 anos de edições que foram, são e serão, parceiras na afirmação da nossa Identidade, da nossa Cultura e das nossas estórias mas também da nossa história recente local. Mais do que os devidos parabéns ao Jornal em si, é meu entendimento que deveremos agradecer, efusivamente, a todos aqueles que, de uma forma ou de outra colaboraram com este “nosso” Jornal durante estes 30 anos e que, de uma forma ou de outra foram escrevendo as memórias deste povo e deste local para o futuro, as quais podemos guardar em nossa casa.
Sob a forma de pseudónimo, mais ou menos conhecidos, é importante relevar o valioso contributo de todos aqueles que se “atreveram” a colaborar com este veículo indispensável da Cultura e da Sociedade Monchiquense. Foi através das suas palavras, dos seus pensamentos e da sua “ousadia” que o Jornal marcou as nossas vidas nas últimas três décadas.
A importância do Jornal de Monchique para este concelho é inegável, na medida em que contribui para a sua valorização e enriquecimento cultural, contribuindo ainda para uma Comunidade mais informada e atenta.
Decididamente, não me arrependo uma única vez de ter colaborado, ajudado dentro das minhas competências, para a “continuidade” desta “nossa companhia mensal”, que nos dá a saber mais um pouco sobre a nossa terra, a nossa cultura e a nossa identidade.
Assim, só posso desejar a todos os leitores, colaboradores e responsáveis do Jornal de Monchique que venham mais 30, desejando que os mesmos sejam celebrados em condições condignas, eficientes e que provoquem novos desafios e outras “ousadias” na defesa do nosso território e da nossa Cultura que, como sabemos, é única.
Bem haja ao Monchiqueiro e aos Monchiqueiros! Muitos parabéns! Rui André, presidente da Câmara Municipal de Monchique
Cada ano é sempre cheio de número infinito de acontecimentos dos quais cada pessoa retém apenas uma pequena minoria: aqueles que a marcam de forma mais profunda.
Para mim, 1985 registou dois acontecimentos marcantes que ficarão gravados para todo o sempre: o meu primeiro voo fora do ninho protetor da casa dos pais e a primeira vez que exerci o dever cívico de votar.
Naquele tempo, o gosto da liberdade recentemente conquistada, estava ainda muito marcado e cada ato eleitoral era vivido na plena consciência da construção democrática em curso. Este sentimento transmitia-se aos eleitores mais jovens, que não obstante não terem muita vivência da longa noite de que havíamos despertado, muito valorizavam os dias luminosos e brilhantes onde rapidamente tinham aprendido a viver.
Foram também estes novos dias que estimularam o meu primeiro voo. Este em direção à longínqua capital que me acolheu durante 5 anos inesquecíveis recheados de novas experiências e vivências extraordinárias, tristezas e alegrias sempre acompanhada pelos cheiros, sabores e cores de Monchique. Neste contexto o dia da chegada do Jornal de Monchique à caixa do correio constituía um marco fundamental para saciar a saudade. Helena Martiniano, presidente da Junta de Freguesia de Monchique
Nota de redação:
Para além dos presidentes da Câmara Municipal de Monchique e da Junta de Freguesia de Monchique, que aderiram ao nosso pedido de resposta à questão «Que memórias tem guardadas do ano de 1985?», foram ainda contactados os presidentes das juntas de freguesia de Alferce e Marmelete, o pároco, a presidente do Agrupamento de Escolas de Monchique, o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Monchique e o Diretor do Centro de Saúde de Monchique, no entanto, até à hora de fecho da edição não chegaram à nossa redação quaisquer testemunhos por parte destes internevientes na sociedade monchiquense.