Paragem das obras de requalificação na EN 125 «lesam interesses do Algarve e do País»

A recente aprovação do PENSE 2020 (Plano Estratégico de Segurança Rodoviária) veio chamar a atenção para a urgência em reiniciar as obras de requalificação da EN 125, admitiu hoje em comunicado a AHETA (Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve).

«A aprovação de um plano desta natureza, louvável a todos os níveis, não deixa de ser algo contraditório, uma vez que as obras de requalificação da EN 125 – a estrada mais perigosa do nosso País e onde ocorre o maior número de acidentes e vítimas – continuam sem data marcada para o seu reinício» admite a AHETA em comunicado.

«A falta de um planeamento adequado para a realização destas obras causou enormes transtornos e descontentamento aos algarvios em particular, mas também e, sobretudo, a todos aqueles que nos visitam, tendo as obras em curso sido interrompidas no verão passado, ficando o seu recomeço prometido e agendado para meados do mês Setembro, o que, infelizmente, não aconteceu», assume a AHETA.

Para esta associação que representa o turismo considera que «a maior Sala de Visitas do País tem, hoje, a sua principal via de comunicação transformada num autêntico estaleiro a céu aberto em grande parte da sua extensão, sem que haja data prevista para o reinício dos trabalhos e, muito menos, para a sua finalização».

«A AHETA não compreende estes atrasos e tem fundados receios relativamente ao cumprimento da promessa do governo, segundo a qual as obras serão reiniciadas no princípio do mês de Janeiro, pelo que vem apelar, mais uma vez, aos mais altos responsáveis da governação, incluindo o Primeiro Ministro, para uma intervenção urgente e esclarecida, visando recuperar os atrasos e evitar os impactos negativos durante o próximo verão no sector turístico, resultantes dos inconvenientes causados pelo enorme volume de tráfego.» «Por outro lado, não estão previstas quaisquer melhorias no troço compreendido entre Olhão e Vila Real Stº António, o que contraria não só o referido PENSE 2020 como o próprio interesse público, atendendo à importância estratégica na economia portuguesa da maior actividade exportadora nacional – o turismo – e ao facto da região ser o principal contribuinte líquido desta riqueza» conclui em comunicado a AHETA.

Imagem: Nuno Alfarrobinha

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