O Nostálico
Depois de um período sabático de dois meses, onde não escrevi uma única linha para este espaço no Jornal de Monchique, regresso agora com uma perspetiva diferente daquela que me levou a escrever cerca de 100 edições do Nostálico, desde 2007.
Podia justificar esta minha ausência pelas exibições pouco conseguidas do maior clube de Portugal e do mundo, Sport Lisboa e Benfica (Não! Não meus caros, nunca irei mudar de clube, mas se a titulo profissional tivesse de representar outro, dependendo de algumas condições, talvez o fizesse, como é evidente…), que na Europa e na eliminatória da taça de Portugal tanta vergonha nos fez passar, principalmente pelo que “Não Jogam à Bola!”
Também podia justificar este período de ausência pelo resultado das eleições autárquicas do passado dia 1 de outubro, mas nada tem a ver, até porque a tristeza resultante desse resultado não invalida o espírito democrático de reconhecer e aceitar a vontade dos eleitores, com todas e as mais variadas leituras que possam ser feitas às últimas eleições, e isso não o faço, porque não foi esse o objetivo de dar vida a este espaço há mais de 10 anos. No entanto, reforçando aquilo que já aqui tinha escrito há umas edições atrás, tratou-se apenas da conjugação de uma vontade familiar em regressar, principalmente pela grande vontade de me dedicar à terra que amo, de um convite puro e livre de 2.ªs intenções de um bom velho amigo, e de um tratamento acolhedor e exemplar que me foi dado pelos elementos de uma casa que nunca tinha sido minha. Obrigado!
Não existiram grandes motivos para esta ausência, ou pelo menos assim declarados, mas teve talvez um pouco a ver com a viragem de 180º na minha vida. Uma viragem decidida no seio familiar há mais de um ano, com o único objetivo de regressar ao Algarve, e de ser, ou tentar ser, ainda mais feliz! E assim foi, e assim é, e cá estou na “minha praia”…
Uma vez que durante as últimas cem edições dediquei especial relevância aos momentos nostálgicos, ou “nostálicos”, vividos enquanto jovem na vila de Monchique, e agora regressei por vontade própria, decidi convosco iniciar a partilha de episódios e vivências de um percurso profissional iniciado em 1995, ou seja poder-se-ia designar este novo formato como o “Nostálico Profissional”, e trazer a este espaço aquilo que na minha opinião possa fazer sentido partilhar, e principalmente que vos faça sorrir, “estórias” reais vividas em ambiente empresarial durante mais de 22 anos, no Montepio, na Caixa Geral de Depósitos, na FIAT Auto Portuguesa, na Goodyear Dunlop Ibéria, no grupo Teixeira Duarte e na SEAT.
Obviamente que terei a oportunidade de incluir, sempre que possa fazer sentido, algo sobre temas que gosto, como Monchique, futebol (em particular o Glorioso SLB) e atualidade política Nacional.
Aliás, recorrendo a este último tema, é inacreditável como as máquinas partidárias se movimentam! Veja-se aquilo que se passa por exemplo na disputa interna do partido do qual fui militante durante quase trinta anos. O país quer Rui Rio, e nem merece a pena explicar porquê, até porque parece evidente que se trata da única pessoa que pode fazer frente à gerigonça, e mesmo assim terá sérias dificuldades. No entanto, estruturas regionais e locais preferem Santana Lopes! Porquê? Pois, porque as máquinas partidárias muitas vezes preferem olhar para o seu umbigo e esquecer aquilo que o país quer…
Até à próxima edição, num regresso a 1995, com votos que o Benfica possa dar-me motivos para escrever algo de alegre relacionado com o futebol, como o empate conseguido nas Antas. Sem deixar obviamente de desejar um santo e feliz Natal para todos os leitores do JM, e em especial do Nostálico.