DestaqueOpiniãoSugestão de leitura

Não se esqueça de se vacinar (para prevenir a gripe e a pneumonia)

É agora, no arrancar do outono, que nos devemos vacinar, pois os picos da gripe e doença pneumocócica ocorrem geralmente no inverno. O que se segue é uma recordatória de coisas que o leitor deve ter sempre presente. A gripe é uma infeção causada por um vírus chamado influenza que afeta predominantemente as vias respiratórias. É um vírus que sofre alterações, o que dificulta a existência de uma única vacina em todo o mundo e obriga à preparação de uma vacina específica todos os anos. Tais alterações que o vírus da gripe sofre não permitem que as pessoas fiquem protegidas em permanência. A prevenção é conseguida não só através da vacinação mas quando se adotam alguns cuidados: lavar frequentemente as mãos com água e sabão, usar lenços de papel e quando se espirra ou tosse é importante proteger a boca com um lenço de papel ou com o antebraço, não utilizar as mãos.

O vírus é transmitido através das partículas de saliva de uma pessoa infetada, expelidas sobretudo através da tosse e dos espirros. Mas também se pode transmitir por contato direto, por exemplo através das mãos.

No adulto, a gripe manifesta-se pelo aparecimento súbito de mal-estar, febre alta, dores musculares e articulares, dores de cabeça e tosse seca. Não se deve confundir gripe com constipação. Esta tem habitualmente um início gradual, a febre é baixa, pode anunciar-se por uma irritação de garganta, e a tosse (quando surge) é ligeira e moderada; as dores de cabeça e musculares são raras. A vacinação é recomendada às pessoas que têm maior risco de complicações: com mais de 65 anos; crianças com mais de 6 meses que tenham doença crónica dos pulmões, do coração, dos rins ou do fígado; grávidas que, em outubro, estejam no 2.º ou 3.º trimestre de gravidez; profissionais de saúde.

Não devemos esquecer a doença pneumocócica, termo utilizado para descrever infeções como pneumonia, septicemia e meningite. As bactérias que provocam esta doença transmitem-se através da tosse e do espirro ou por contato próximo. As bactérias entram no nariz e na garganta, e aí podem permanecer sem provocar problemas, mas às vezes podem invadir os pulmões ou a corrente sanguínea. Os mais novos e os idosos têm um risco acrescido. A vulnerabilidade a esta doença é maior caso o doente tenha uma doença de coração ou pulmões, diabetes, não tenha baço ou tenha um sistema imunitário debilitado. Todas as pessoas com doenças crónicas devem vacinar-se contra a gripe e contra a pneumonia, o esclarecimento junto do médico ou do farmacêutico pode ser muito útil. Aos primeiros sinais de suspeita de gripe (febre alta, dores musculares generalizadas, fraqueza, falta de apetite,…), o doente deve consultar imediatamente o médico; na presença de sinais de constipação, deve ser consultado o farmacêutico para lhe aconselhar os medicamentos indicados para alívio. Não tome antibióticos sem recomendação médica. Não atuam nas infeções provocadas por vírus, não melhoram os sintomas nem aceleram a cura. E beba muita água.

Partilhar

Deixe um comentário