Monchique reforça equipas de vigilância em período crítico de incêndios

A Câmara Municipal de Monchique (CMM) reforçou todo o dispositivo de vigilância no âmbito do período crítico dos incêndios florestais de 2016 e apresentou, em relação ao ano anterior, mais equipas de vigilância e deteção de incêndios.

Este ano, o investimento na área de intervenção dos incêndios florestais incidiu sobre o posicionamento de uma Brigada de Combate a Incêndios Florestais (BCIN Barlavento), estacionada em Alferce, a inclusão de mais uma Equipa de Logística de Apoio ao Combate (ELAC) e de duas Equipas de Combate a Incêndios Florestais (ECIN), estando uma posicionada no Quartel dos Bombeiros de Monchique e outra na Secção de Marmelete/Casa do Povo. No concelho já está instalada uma Equipa Helitransportada de Ataque Inicial (EHATI), perfazendo as seis equipas de vigilância e deteção de incêndios que irão percorrer toda a área do concelho.

De acordo com a CMM, estas novas equipas resultam «de protocolos e acordos que a autarquia fez com diversas entidades para a constituição das mesmas que têm ainda capacidade de primeira intervenção, estando munidas com meios próprios, como são exemplo as associações de Caçadores do Alferce, a associação «Os Pulmões do Algarve» de Marmelete, a associação de Produtores Florestais e a associação dos bombeiros de Monchique».

Para além destes, no concelho também estão presentes duas equipas do Grupo de Intervenção, Proteção e Socorro (GIPS) da Guarda Nacional Republicana (GNR), que integram a EHATI e são responsáveis pelos dois Postos de Vigia fixos, existentes na Fóia e Picota. A patrulhar a serra de Monchique diariamente, estão ainda duas equipas constituídas pelos Militares do Regimento de Infantaria n.º1 de Beja, em virtude de «um protocolo entre a autarquia e esta entidade que desde 2010 vem fazendo ações de vigilância no concelho de Monchique, que foi pioneiro neste tipo de missões por parte do Exército Português», acrescenta a CMM.

Rui André, presidente da CMM, explica que a autarquia «tem feito um esforço enorme, ao longo dos últimos anos, tanto financeiro como logístico para que estejamos cada vez mais e melhor preparados para prevenir, detetar e combater de forma eficiente um flagelo que já tantas vezes assolou o Concelho de Monchique». O autarca considera que «Monchique depende muito da floresta» e salienta que «este ano resolvemos desafiar uma associação de caçadores que tem uma viatura equipada com KIT de emergência, para constituir mais uma equipa e efetuar a vigilância da zona da Freguesia de Alferce».

Para o edil monchiquense, o apoio financeiro dado a todas estas equipas «é mais do que necessário» até porque «os custos que temos com toda esta operação são todos eles irrisórios se detetarmos e impedirmos um incêndio de grandes dimensões. O que aconteceu em 2003 e 2004 levou este concelho a graves problemas económicos e sociais que não pretendemos que volte a acontecer».

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