Monchique comemora os «40 anos do poder autárquico»
O Município de Monchique comemorou, no passado dia 12 de dezembro, os 40 anos do poder autárquico, com a inauguração da exposição «Galeria dos Presidentes», que está presente no Salão Nobre do Edifício dos Paços do Concelho.
O primeiro a discursar foi o anterior presidente da Assembleia Municipal, Fernando Reis Luís , que relembrou a importância do 25 de Abril ao «permitir a democracia». Durante o seu discurso deixou algumas críticas ao longo destes últimos 40 anos, nomeadamente a desertificação do interior.«Temos que assumir que somos interior» e admite que «a nossa agricultura não existe e a floresta pouco rende». Aproveitou ainda para assumir que «Monchique têm pobres, mas não estou a dizer que foi o poder autárquico, foi o poder central».
O primeiro edil monchiquense, José Manuel Nobre Furtado, entre os anos de 1976 e de 1982, e que foi eleito pelo PPD/PSD relembra aquele mandato. «Quando presidi os bens eram escasso» mas «eu e os outros autarcas eleitos para as funções que nos foram designadas por voto livre e secreto, assumimos sempre defender o concelho de Monchique, não rejeitando esforços para atingir os fins». Lembra ainda que «o primeiro orçamento da câmara foi de 15 mil contos».
Em 1982, a Câmara passa a ser tutelada pelo socialista Carlos Tuta, que esteve no poder até 2009. Carlos Tuta recorda a importância do desenvolvimento do concelho durante o seu período enquanto edil e falou de algumas obras «desde das escolas ao saneamento básico». «Quando saí da câmara tinha praticamente todo o concelho eletrificado». Carlos Tuta lembra ainda que «fomos buscar muito dinheiro aos fundos europeus, tudo pelo concelho de Monchique». «Foi o tempo que já passou, é importante consolidar agora aquilo que está feito, aquilo que está feito e que deve ser conservado».
O atual presidente da câmara, Rui André. começa por elogiar «as pessoas, os produtos, uma terra para aqueles que aqui vivem de excelência, de qualidade de vida, de oportunidades». Para Rui André «Monchique não está a morrer, Monchique tem pessoas, empregos e empresas de sucesso».
Considera ainda que ser autarca é «uma vida difícil, uma função com muitas dificuldades, com muitos aspetos negativos, mas também é a melhor experiência que se pode ter, ao gerir. por exemplo, a vida das pessoas.» Durante o discurso deixou algumas promessas «como o parque empresarial, o pavilhão», de forma a «fechar esse ciclo com esses investimentos».
Durante todo o evento os autarcas relembraram alguns que já tinham partido, como foi o caso do ex-presidente da Assembleia Municipal José de Sousa Chaparro.
No final foi ainda agradecido ao membro da Assembleia Municipal José Armando, a ideia e o desafio de criar esta galeria.