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Monchique: aprovadas metade das candidaturas dos agricultores lesados pelo incêndio

Cerca de metade das candidaturas de apoio para o restabelecimento do potencial produtivo apresentadas pelos agricultores afetados pelo incêndio de Monchique foram aprovadas. A confirmação surgiu ontem, 18 de dezembro, por Miguel Freitas, Secretário de Estado das Florestas, em declarações à Lusa.

«O prazo terminou no dia 30 de Novembro. Deram entrada 286 candidaturas, que representam um total de 6,8 milhões de euros, e em 18 dias, até ao dia de hoje [terça-feira, 18 de dezembro], foram aprovadas 131 candidaturas. Estas pessoas têm de imediato acesso ao financiamento daquilo que foi o pedido apresentado», referiu Miguel Freitas à Agência Lusa.

Miguel Freitas justificou que o atraso para a resolução deste processo deveu-se aos pedidos de adiamento por parte de diversas entidades. «O anúncio inicial tinha como prazo 30 de Setembro, mas foi pedido sucessivamente o adiamento do prazo da apresentação dessas candidaturas, quer pela Câmara de Monchique, quer por parte das organizações de produtores que estavam a acompanhar os agricultores nas suas candidaturas», explicou.

O Secretário de Estado afirmou que o processo está a ser analisado pelas entidades responsáveis «com esforço, empenhamento e com a vontade de o mais rapidamente possível fazer a análise e aprovação das restantes candidaturas».

No âmbito da primeira de seis operações de estabilização de emergência do território, Miguel Freitas explicou à Lusa que estiveram envolvidas diversas entidades: o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, a Autoridade Nacional de Proteção Civil, os Sapadores Florestais, a Força Especial de Bombeiros e o Grupo de Intervenção Proteção e Socorro da GNR.

A ação que começou a ser posta em prática, ontem, nas áreas da Herdade da Talhadinha e na Herdade do Barreiro (Silves), tem como objetivo a prevenção de incêndios e vai decorrer até à próxima sexta-feira. Estão previstas mais cinco operações ao longo do território entre Silves e Monchique até ao final do mês de janeiro.

No total o incêndio de agosto destruiu 74 casas, 30 das quais de primeira habitação, e mais de 27 mil hectares de floresta e de terrenos agrícolas.

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