EditorialOpinião

Marcação da liberdade

A sociedade portuguesa iniciou a sua caminhada em direção à democracia vai fazer 42 anos dentro de poucos dias. Marca incontornável na nossa história coletiva contemporânea, está num processo contínuo de consolidação e amadurecimento. As instituições funcionam, há reconhecimento externo ao país, integramos grupos económicos e de defesa que são garantias da nossa integridade nacional e cultural.
Há, no entanto, sinais preocupantes. Em todo o mundo dito desenvolvido e, pior que tudo, no nosso espaço português há corrupções, altos responsáveis pelos vários setores chave apresentam comportamentos que frustam a confiança elementar dos cidadãos, descobre-se sem dificuldades a incompetência que muitos individuos possuem.
A vida está melhor mesmo assim. Há conquistas que foram ganhas e já fazem parte da essência nacional. Há muita gente que acredita na democracia e luta por ela e pela sua continuidade.
Os ritmos e os ciclos cósmicos são geradores de efeitos circulares, desculpem os leitores a linguagem. O que se quer transmitir é a capacidade que a história possue de demonstrar que depois de uma situação menos boa outra surge que compensará largamente. As pessoas que nestes tempos estão a prevaricar, alguns à escala mundial, vão desaparecer também um dia destes e outros melhores virão, consequência dos muitos que se continuam a esforçar pelo progresso, bem estar e qualidade na vida comunitária.
O sentido da revolução do 25 de abril continua identificável. Não o podemos deixar que se extinga ou seja substituído por outra coisa qualquer. Estes 42 anos não podem ter passado em vão. As marcas vão continuar visíveis, bem gravadas e impulsionadoras de progresso.

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