Lavrar o Mar regressa com muitas sugestões culturais

A 2.ª edição do «Lavrar o Mar» está a chegar com uma vasta programação artística internacional, regular e diversificada com o objetivo de combater a sazonalidade.
Para Madalena Victorino, uma das mentoras do projeto, «o espetador vai ser levado para a continuidade do ano anterior, pois o propósito é que os espetáculos se integrem na vida das pessoas, levando-as a pensar, criando o hábito e o gosto pela Arte que eleva a mente e o espírito».
«Conciorto» é a primeira iniciativa proposta para Monchique e decorre no dia 21 de novembro, às 21h30, no Barlefante. A entrada para o concerto da horta é gratuita e a iniciativa é destinada a maiores de 12 anos. Os artistas Gian Carlone e Biagio Bagini vão transformar vegetais como beringelas, cenouras, curgetes em instrumentos musicais. A esta produção junta-se a voz e o som das flautas transversais, do saxofone, da guitarra e muito mais. Em Aljezur, há um espetáculo similar de 22 a 25 de novembro, às 19h30, no restaurante Várzea – Horta et Bistrot, ao qual é acrescentado um jantar com um menu de «instrumentos musicais – vegetais» que são convertidos em pratos vegetarianos cozinhados pelo Chef Luigi Gautero.
A comida também vai estar presente no teatro gastronómico «Pasta e Basta, um Mambo Italiano – Versão Algarvia» que tem data marcada, em Monchique, para os dias 30 de novembro e 1 e 2 de dezembro, às 19h30, no Parque da Mina, para maiores de 12 anos. O espetáculo tem a duração de 3h30 e o transporte, gratuito, está agendado para as 18h30 no Heliporto Municipal. A organização do «Lavrar o Mar» disponibiliza ainda uma sessão para famílias (M/6) no dia 3 de dezembro, com início às 11h30.
Durante a atuação, o público é convidado a pôr as mãos na massa e a comer a sua própria criação, enquanto se compartilham histórias de vida. A versão algarvia cria uma ligação entre o Festival da Batata Doce de Aljezur e os enchidos de Monchique, e «os pratos nascem em diálogo com duas pessoas vindas de África e do Oriente, assim como um produtor agrícola e um chef de cozinha local», explica a organização. Aljezur também vai receber este espetáculo, mas logo nos dias 16, 17, 18 de novembro para maiores de 12 e no dia 19, para famílias, na sede do Rancho Folclórico do Rogil.
Os mais pequeninos vão ter uma iniciativa destinada também às suas idades (M/3), nos dias 30 de novembro e 1 de dezembro, no Espaço +, em Aljezur e nos dias 10 de dezembro, às 16h30, para famílias e 11 de dezembro, às 10h30 e 14h30, para escolas, em Monchique. O teatro para a infância «Vassilissa ou a Boneca no Bolso» baseia-se num antigo conto russo e «é a história da passagem de mãe para filha, duma geração à outra, do poder feminino da intuição, simbolizado pela boneca que Vassilissa guarda sempre no seu bolso». A dinâmica consiste numa «atriz que interpreta a bruxa Baba Jaga e uma menina vinda do público que será a Vassilissa, a protagonista. As crianças não deverão, no entanto, ser preparadas antes do espetáculo. Não deverão conhecer a fábula, nem saber que uma das meninas irá participar na história. A finalidade é fazer teatro em conjunto com os espetadores-meninos – fazer da arte de brincar, a grande porta de entrada para o jogo teatral» apela a organização. A performance é da responsabilidade do grupo O Bando, fundado em 1974, e que se constitui como uma das mais antigas cooperativas culturais do país.

Para o final de ano, Monchique vai receber «Klaxon», um espetáculo de novo circo que faz «alquimia entre música e acrobacia». Na pista, cinco músicos e seis acrobatas da companhia Akoreacro «constroem com o corpo e a alma uma viagem suspensa pelo improvável e nos limites do impossível, onde o mundo imaginário do ar se torna na realidade do artista».
Madalena Victorino espera «que 2500 pessoas venham assistir a esta proposta» do «Lavrar o Mar», que decorre de 28 a 31 de dezembro, às 21h00, numa tenda de circo montada especialmente para este fim no Heliporto Municipal. No dia 1 de janeiro haverá ainda uma matiné, às 17h00.
Porém, o ano de 2018 traz a Monchique mais atividades promovidas pelo «Lavrar o Mar». É o caso do espetáculo «Medronho – A noite das facas longas ou tudo numa noite», nos meses de fevereiro e março, nas destilarias; o «MAR ADENTRO – Teatro Acquatico, previsto para os dias 9, 10 e 11 de março, nas piscinas municipais e «Cantina» de 18 a 21 de maio, da responsabilidade da companhia Laika.
Os bilhetes para os espetáculos, «que têm um baixo custo para serem acessíveis a todos» podem ser adquiridos na Casa Lavrar o Mar, em Aljezur, na Biblioteca Municipal de Monchique, na receção da Câmara Municipal de Monchique ou na plataforma online lavraromar.bol.pt.
Foto de destaque: João Tuna ©