Lavrar o Mar está de volta com “Caminhadas com Arte” em Odemira e vários outros projetos
Finda a sua pausa de verão, a cooperativa Lavrar o Mar volta a dinamizar os concelhos de Monchique, Aljezur e Odemira com uma programação cultural que atravessa “os verbos caminhar, alimentar, engolir, experimentar e imergir, num roteiro que nos implica a reflectir e a agir”.
Odemira receberá o primeiro projeto já no próximo dia 24 de setembro, nomeadamente as “Caminhadas com Arte”, que regressam para uma nova edição, desta vez por paisagens alentejanas: serão cinco caminhadas, com início marcado para as 10h00, “feitas em simultâneo, em que as conversas são desfiadas a partir do contexto de emergência climática que o nosso planeta enfrenta, incidindo particularmente sobre a questão da interdependência entre o próximo e o inóspito, entre o visível e o invisível, entre humanos e não humanos, sob a perspetiva da geografia, da biologia marinha, da imunologia, da ecologia e do animismo, entre outras áreas de saber”, anuncia a organização no site.
O geógrafo João Ferrão, o biólogo marinho e cientista polar José Xavier, a bióloga e imunologista Maria Manuel Mota, o professor, investigador e ecologista Nuno Ribeiro e a professora e investigadora Teresa Castro são os oradores convidados.
Segue-se um “mergulho num novo ‘Paraíso’” na terra de Sabóia, entre os dias 29 de setembro e 1 de outubro. Pensado e idealizado por Madalena Victorino, “Paraíso” consiste em três jantares “que são também três espetáculos únicos, sempre diferentes, mas ligados entre si, atravessados e envolvidos pela energia do rio Mira”. Os participantes serão convidados a estarem em relação com o alimento, com o pensamento, com a ação e o som.
Entre 18 e 22 de outubro decorrerá, em Aljezur e Odemira, um espetáculo de teatro “sobre preconceitos e sobre sapos de loiça”. “Engolir Sapos” trata-se de uma reflexão artística sobre a comunidade cigana.
O programa “LABAT – Actividades de Formação entre o Laboratório Artístico e o Atelier de Artista” será retomado de 19 de outubro a 12 de novembro, proporcionando mais “espaços de experimentação e de criação, em que as pessoas, público participante, podem pôr as mãos na massa artística e, simultaneamente, contribuir para a investigação e a pesquisa desenvolvidas pelos artistas que convidámos: Inês Barahona e Miguel Fragata, da companhia de teatro Formiga Atómica, e o coreógrafo Rafael Alvarez.”
A programação para este ano de 2023 culminará com “Les Fauves”, o novo circo da companhia francesa EA EO, que, em português, significa feras, animais selvagens. Este espetáculo de malabarismo começará no dia 26 de dezembro e poderá ser visto até dia 1 de janeiro.