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Laos

Para seguir viagem até Vientiane, capital do Laos, tentei comprar o bilhete de autocarro, dirigindo-me ao terminal de autocarros, mas fui confrontado com a impossibilidade de o fazer, pois deste terminal principal não saiam autocarros com o destino que pretendia.
De regresso ao centro da cidade passei por vários operadores turísticos tentando obter o melhor preço, pois verifiquei que estes eram muito díspares.
A estação de autocarros era realmente difícil de encontrar, implicando uma viagem bem demorada num táxi “à pinha”.
O autocarro era proveniente do Laos e o conforto era também diferente, suficiente para transtornar uma família indiana que aqui se encontrava. O responsável chegou mesmo a lhes devolver o dinheiro da viagem, tal não foi a confusão que arranjaram. Ainda assim acabaram por se manter no autocarro.
Na companhia de alguns turistas europeus esta longa viagem foi passada com boa disposição, havendo tempo para aprender alguns jogos de cartas que me foram ensinando.
Verifiquei que estavam pouco à vontade face aos assuntos das fronteiras e noutras situações como quando parávamos nalgum local para tomar uma refeição. Já me estava a deliciar com qualquer coisa que tinha pedido ainda estes não sabiam bem o que comer, só porque não sabiam como ou o que pedir. Mesmo sem falar a língua, no que toca a comida não me acanho e muitas vezes peço sem fazer a mínima ideia do que estou a pedir, mas como sou de boa boca tal não me causa qualquer transtorno.
Terminada esta viagem de mais de vinte horas, já em Vientiane, eu e mais dois dos meus companheiros de viagem fomos à procura de quarto, acabando por partilhar um num hostel da cidade, no qual fiquei apenas uma noite, por me restar já pouco tempo de viagem.
Vientiane, como capital de um país, é uma cidade relativamente pequena mas que recebe muitos turistas, com alguns templos bem interessantes como principal atração. Tem também um mercado noturno bem grande.
Aquando da minha estadia em Vientiane fique a saber que tinha ocorrido um atentado em Banguecoque para onde me deslocaria em breve. Tal ato bárbaro, que vitimou vinte pessoas ocorreu num templo que conheço e que tinha visitado no ano anterior, na companhia da minha amiga Marisa, que vive relativamente perto. Mais uma vez não entendo como se pode cometer tal atrocidade.
Regressei ao terminal de autocarros, indo primeiro trocar dinheiro, para não ser apanhado desprevenido quando regressasse à Tailândia, aproveitando para encontrar o terminal de autocarros locais. Com isto, a viagem ficou a cerca de um décimo do que paguei quando vim para a cidade, já que tinha vindo com os outros turistas de carrinha-táxi.
O autocarro que me levou até Tha Khaek demorou sete horas e seguia bastante lotado transportando até uma motorizada no seu interior, que impossibilitava a entrada pela porta da frente.
O dia seguinte foi passado a correr, em busca de algumas grutas que por aqui se podem visitar. O relevo é fascinante com montes que se erguem quase na vertical e possivelmente ao topo de alguns deles nunca ninguém foi ou pelo menos há muito tempo que isso não acontece, já que vistos cá de baixo fica-se com a ideia de serem intransponíveis.
Mais uma vez estava muito calor e, no final, quando já estava a ficar sem água, aproveitava quando uma nuvem tapava o sol para abrandar o ritmo e caminhar.
Ainda no Laos, a próxima paragem foi em Pakse, onde fiquei dois dias antes de continuar a viagem para a Tailândia.
Pakse é uma cidade muito agradável, onde aproveitei para me despedir da comida e também do Rio Mekong, que daqui continua para sul até ao Cambodja.
Regressei à Tailândia passando por Ubon Ratchathan, onde há três anos já tinha estado, para apanhar o comboio de regresso a Bangkok.
Continua…174 Tha Khaek Laos

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