Incêndio de Odemira continua com mil operacionais em terreno a fazer trabalhos de rescaldo
O incêndio que deflagrou no passado sábado, em Odemira, mantém-se na fase de resolução, estando a ser desenvolvidos “trabalhos de consolidação e de rescaldo, com foco nos dois pontos mais críticos na frente sul”, segundo revelou à RTP, pelas 10h, o comandante regional de Emergência e Proteção Civil do Comando Regional do Alentejo, José Ribeiro.
O trabalho das últimas 24 horas foi muito “meritório” e já dá “algumas garantias”, afirmou, sendo que o planeamento para o dia de hoje é evitar reacendimentos com o apoio de máquinas de arrasto e ferramentas manuais. Os meios aéreos continuarão ativos a “fazer vigilância armada” do fogo. Em terreno ainda se encontram 1009 operacionais, 340 viaturas e 6 meios aéreos, de acordo com o site da Proteção Civil.
Praticamente todas as pessoas deslocadas, cujo número chegou quase aos 1500 ao todo, já puderam sair das Zonas de Apoio à População criadas nos três municípios afetados pelo incêndio, pelo que estas já foram desativadas, exceto a de Monchique, que ainda está a prestar os últimos apoios.
Quanto à área ardida pelo fogo, a previsão continua a apontar para os 8400 hectares, dos quais cerca de 400 foram em Monchique, anunciados pelo comandante regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve, Vítor Vaz Pinto, na conferência de imprensa realizada, ontem, no posto de comando em São Teotónio. Segundo a Lusa, sabe-se que arderam, pelo menos, uma habitação em Aljezur e uma unidade de turismo rural em Odemira, mas os municípios ainda estão a proceder ao trabalho de levantamento dos prejuízos.
Uma vez que a Polícia Judiciária suspeita que o fogo poderá ter começado num parque de merendas, perto da povoação de São Miguel, o Departamento de Investigação Criminal de Portimão está a investigar se terá sido por negligência ou propositado, adiantou a Lusa.