Diário da Agricultura e Pescas – 30 de outubro de 2019
Confederação Nacional da Agricultura contesta perda de funções do Ministério da Agricultura
Fonte: Jornal Público
O Ministério da Agricultura perde tutela das Florestas e Desenvolvimento Rural que passam, agora, para o Ambiente e Coesão Territorial. A Confederação Nacional da Agricultura contesta a perda de funções do Ministério da Agricultura nesta legislatura, reorganização que analisa como um “mau sinal” para o sector. Esta confederação alerta para “um enorme esvaziamento em funções e competências” e demonstra-se preocupada com o possível aumento de burocracia inerente à passagem de um, para três ministérios – as áreas das Florestas e do Desenvolvimento Rural pertencem, agora, ao Ambiente e Coesão Territorial, respetivamente.
Face às alterações de competências no Ministério da Agricultura, o gabinete do primeiro-ministro destacou a “transferência das florestas para o Ambiente, unificando a tutela do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), robustecendo a prevenção de incêndios e reforçando o combate às alterações climáticas”. O Programa de Desenvolvimento Rural 2020, que gere o financiamento da União Europeia atribuídos aos projetos de investimento em modernização do sector fica agora integrado no Ministério da Coesão Territorial . Para a CNA, este “esvaziamento em funções e competências” deixa o Ministério da Agricultura “reduzido à importância institucional”.
Encontro sobre Regadio vai decorrer em Odemira para debater os temas da agricultura, o meio ambiente e a gestão da água.
Fonte: Agricultura e Mar Atual
A Fenareg — Federação Nacional de Regantes de Portugal e a Associação de Beneficiários do Mira organizam a 6 e 7 de novembro, em Odemira, o Encontro Regadio 2019, que terão como tema central o trinómio Agricultura-Ambiente-Território e os desafios dos Aproveitamentos Hidroagrícolas para além da gestão da água.
Este evento assinala o 50.º aniversário do Aproveitamento Hidroagrícola do Mira, um perímetro de rega com 12.000 hectares de área beneficiada em que 94% da sua área está classificada como Rede Natura, o que torna necessária a conciliação das atividades económicas, nomeadamente a agricultura, com a proteção do ambiente e da orla costeira. Além disso, com os desafios das alterações climáticas e com os compromissos ambientais que nos propomos, o planeamento tem cada vez mais um papel preponderante, sendo fundamental pensar a longo prazo e encontrar alternativas e soluções viáveis”, afirma José Núncio, presidente da Federação Nacional de Regantes de Portugal. No 2.º dia do Encontro, a 7 de Novembro, será realizada uma visita a explorações agrícolas e pontos de interesse da infraestrutura do Aproveitamento Hidroagrícola do Mira.
Cidades portuguesas já sentem os efeitos das alterações climáticas
Fonte: observador.pt/Lusa
Centenas de cidades do mundo já estão a sentir os efeitos das alterações climáticas, como Lisboa, Porto, Braga, Cascais e Guimarães, em Portugal, mas só metade estão a tomar medidas, diz o estudo “Cidades em risco” divulgado no passado dia 21 de outubro.
Os principais riscos identificados prendem-se com inundações (71%), calor extremo (61%), e secas (36%). As cidades relatam ainda riscos sociais associados, como o aumento das dificuldades para populações vulneráveis, aumento da procura de serviços públicos, como a saúde, e aumento dos casos de doenças.
Segundo o estudo sobre alterações os efeitos das alterações climáticas, 46% das cidades disseram que não estão a tomar qualquer medida, incluindo 41% das cidades que dizem que já sentem os efeitos das alterações. Apenas 14 municípios portugueses contribuíram para o estudo. Guimarães é uma das cidades onde poderão correr ondas de calor, deslizamentos de terra, vento severo, condições meteorológicas extremas, tempestades, cheias e incêndios florestais. Outra cidade, Ovar, aponta como riscos as tempestades, vento severo, inundações costeiras, contaminação por água salgada, acidificação do oceano, fogos florestais e inundações rápidas.
A ciência mostra que até 2050 oito vezes mais moradores das cidades estarão expostos a altas temperaturas e mais 800 milhões de pessoas podem estar em risco devido à subida das marés e a tempestades, refere o estudo pelo que é vital que as cidades tomem medidas para construir resiliência e para proteger os seus cidadãos do aumento dos impactos da mudança do clima, já que nos próximos 30 anos cerca de 70 milhões de pessoas vão em cada ano mudar-se para áreas urbanas. E que até 2050 dois terços da população do mundo viverão em cidades.
*Artigo publicado em parceria com a Rádio Foia. O programa «Diário da Agricultura e Pescas» está no ar de segunda a sexta-feira às 7h00 e às 21h00