Antiga bancária e inspetor da Polícia Judiciária acusados de abuso de confiança
Uma mulher de 45 anos, antiga funcionária bancária, foi acusada para julgamento por tribunal coletivo, pelo Ministério Público (MP) da 2.ª secção de Portimão do DIAP de Faro, devido às práticas de «crimes de abuso de confiança agravado, falsificação de documentos, branqueamento, falsidade e burla informática», lê-se no site do MP.
O ex-marido da bancária, um inspetor da Polícia Judiciária de 48 anos de idade, foi acusado da prática de um crime de branqueamento.
Os factos remontam ao período entre 2010 e 2015, «quando a arguida era gestora de clientes numa agência bancária do Algarve». A arguida transferiu, segundo a acusação, mais de 300 mil euros, de uma «conta de dois clientes norte-americanos, cuja gestão estava a seu cargo, para uma conta de um familiar do marido e para outras contas a que tinha acesso», explica a mesma fonte.
Além disso, terá efetuado levantamentos em numerário e pagamentos no valor de 14 mil euros «com um cartão de débito que conseguiu emitir em nome desses clientes, tudo sem que estes tivessem conhecimento». O dinheiro foi usado pelos arguidos para proveitos próprios, como a compra de um automóvel.
O inquérito foi dirigido pelo MP da secção especializada de Portimão do DIAP, com a coadjuvação da Polícia Judiciária, que não indicou o local dos acontecimentos.