EditorialOpinião

2018- Ano do Património Cultural

A Comissão Europeia apresentou uma proposta ao Parlamento e Conselho da Europa para que 2018 seja o ano do Património Cultural. São invocadas razões como a riqueza cultural material e imaterial, a necessidade da sua preservação, as vantagens do dinamismo na sua divulgação, o interesse para as economias locais e não só, entre outras. Acresce o facto de cada vez mais a evolução tecnológica que permite uma melhoria contínua na salvaguarda do património, na inventariação, conservação, investigação, se apoiar na informatização e na facilidade em desenvolver infraestruturas de apoio, impensáveis há pouquíssimo tempo. Se acrescentarmos a pressão que o progresso faz sobre a herança cultural e a memória coletiva sob as mais diversas formas, pondo continuamente em risco a sua disponibilidade para manter o sentimento de pertença que todos os cidadãos possuem, mais ou menos intensamente, teremos razões mais que suficientes para apoiar incondicionalmente esta proposta.

No contexto local fica o desafio para o movimento associativo, entidades com competências na área governativa e cidadãos, cada um no âmbito do que lhe cabe, sentir, compreender e assumir a sua herança cultural. Do sotaque às construções, da gastronomia às igrejas, da toponímia aos monumentos, tudo mas mesmo tudo onde o homem intervém deve ser assumido como ato cultural. Então, elevemos o nosso estatuto e sintamo-nos parte integrante deste património diversificado e tão rico que merece fazer parte do espaço europeu. A proposta da Comissão integra tudo e todos.

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