Cidadania ativa

Proteção Civil é uma designação recorrente no contexto nacional. Ganhou uma especial expressão e reforçou o seu sentido prático junto da opinião pública, após as tragédias que os incêndios do último verão causaram. Tenha esta designação oficial ou outra (atualmente a entidade responsável é a ANPC-Autoridade Nacional de Proteção Civil), a população confia e recorre a quem cabe assegurar a coordenação de meios, pessoas e equipamentos, para que os problemas resultantes das catástrofes não sejam mais graves, se resolvam e se minimizem as perdas de vidas e bens.

Todos sabemos que não se pode nunca, em circunstância nenhuma, ficar de braços cruzados à espera que tudo se resolva com um estalar de dedos. A comunidade tem que ser parte ativa e colaborar com esta ou outra entidade oficial porque todos somos protecção, segurança, solidariedade, amparo, ajuda e tudo o mais que o viver em sociedade e num estado de direito democrático implica.

Esta responsabilidade pressupõe de imediato uma concertação de atitudes colaborativas que começam em ações preventivas e de não obstrução nem espera passiva. Quando se fala tanto em incêndios, há que participar na sensibilização para as limpezas de matos e materiais combustíveis, em locais de risco de cheias há que trabalhar na abertura das linhas de escorrência e escoamento de águas, em estradas de maior risco no trânsito cabe a todos facilitar a circulação e cumprir as regras, informar os serviços competentes se notarmos deteriorações e tudo o mais que a nossa consciência cívica ditar.

Um exemplo do que normalmente não nos preocupa muito é o fato de vivermos numa zona de elevada atividade sísmica. Nos últimos tempos tem havido uma quantidade grande de pequeninos sismos, situação natural e que assim vai libertando a energia que de outra forma mais concentrada pode ser uma catástrofe. Mesmo assim também é necessário estar de sobreaviso. Sabemos todos, em casa, onde temos lanternas, rádios, alguns víveres, quais as zonas mais seguras, as escapatórias, ou vamos entrar em pânico e tentar telefonar a toda a gente conhecida se sentirmos um abanão forte?

É necessário tomar consciência que a segurança começa em cada um de nós. Procuremos estar informados, respeitar as regras, colaborar nas campanhas, entender as medidas que porventura podem não ser favoráveis a todos.

Afinal de contas, a cidadania é isto!

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